Abastecimento errado: o que fazer?

24/05/2024 – Pode até soar estranho, mas não é incomum postos relatarem abastecimentos não apropriados a veículos que chegam à pista. Mesmo os carros flex modernos, que aceitam etanol e gasolina, podem se tornar “vítimas” de óleo diesel por desatenção de seus proprietários. E ainda há aqueles carros mais antigos, que funcionam somente à gasolina, que vez ou outra são abastecidos com etanol. Seja por distração, descuido ou acidente, o importante é que alguns procedimentos devem ser imediatamente adotados para prevenir danos ao motor e outras peças do veículo.

Revendedor e diretor do Minaspetro em João Monlevade, Thaillor Berchmans dá alguns exemplos concretos para ilustrar a situação. Segundo ele, alguns anos atrás, o problema tinha sido praticamente superado, principalmente porque os veículos diesel eram completamente diferentes dos demais. Porém, com a chegada de uma geração de carros tipo Jeep Compass, Renegade e Toro, ele voltou a ocorrer e ainda com mais frequência, porque as versões flex e diesel são praticamente iguais, trazendo apenas uma sinalização no bocal do tanque.

Confira as medidas que devem ser adotadas para minimizar danos aos veículos abastecidos com combustíveis não apropriados:

Prevenção é o melhor remédio. Uma vez verificado o equívoco no momento do abastecimento, a recomendação é não ligar o carro. “Se o motor não for acionado, o prejuízo será bem menor”, pontua Thaillor. A partir daí, o veículo deve ser empurrado e retirado da pista até uma área de segurança, sem que a chave seja acionada, e conduzido a uma oficina, onde o mecânico fará a retirada do tanque para esvaziamento, limpeza e trocas de peças, caso seja necessário, especialmente os filtros. “Esse é o Procedimento Operacional Padrão (POP) que utilizo em minha rede”, informa.

Thaillor afirma que, mesmo com os treinamentos obrigatórios oferecidos pelas Revendas, frentistas também estão sujeitos a cometer erros, principalmente se forem novatos. “A maioria dos abastecimentos errados acontece na primeira ou segunda semana de trabalho na pista. Por isso, no treinamento é comum que o gerente fique na ‘cola’ do frentista o tempo todo, para acompanhá-lo de perto e orientá-lo. Se, mesmo assim, ocorrer um abastecimento equivocado, aciona-se o POP”, comenta.

Se o veículo for ligado ou chegar a rodar durante algum tempo, o problema se agrava muito. E, em consequência, o gasto para corrigir as avarias aumenta. Isso porque pode ser afetado todo o sistema de alimentação do motor, incluindo o próprio tanque, os filtros e a linha de combustível, além da bomba, dos bicos injetores, das velas e do cárter. O prejuízo, nesse caso, dependerá muito do modelo e do ano do carro, mas o conserto levará muito mais tempo e, dificilmente, não será necessário trocar peças importantes – e caras. “O custo aí é alto, então, é melhor o posto acionar imediatamente o seguro”, orienta Thaillor.

 

 

 

Fonte: Revista Minaspetro*

*Extraído do site: Minaspetro