17/06/2021 – Para fugir do alto preço da gasolina e do etanol, quem trabalha com transporte de passageiros, como taxistas e motoristas de aplicativos, acabava recorrendo ao Gás Natural Veicular (GNV).
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Quem tem kit-gás pode usá-lo sem problemas.
Em abril, a Petrobras anunciou aumento de 39% no GNV para as distribuidoras. O preço ao consumidor final, de acordo com um levantamento feito pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) feito na última semana de maio, já chegava a R$ 4,199 em alguns pontos da cidade do Rio de Janeiro. Diante disso, apesar de não ser uma solução nova, o biogás tem se popularizado por render mais e ser mais barato.
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O motorista de aplicativo Glauber dos Santos, de 32 anos, conta que começou a abastecer com biogás por indicação de colegas de profissão. Segundo ele, que tem um carro 1.0, com cilindro de oito metros cúbicos instalado, enquanto consegue percorrer 120 quilômetros com o “tanque cheio” de GNV, faz 150 quilômetros com biogás.
“Nesses 30 quilômetros de diferença, eu consigo fazer de R$ 30 a R$ 50 em corridas. Além disso, o preço do biogás é mais em conta. Tenho abastecido por R$ 3,99 o metro cúbico, enquanto pagaria R$ 4,15 pelo GNV. São centavos que ao final do mês fazem muita diferença”, compara.
O diretor comercial da indústria de cilindros MAT, Jorge Mathuiy, explica que enquanto o GNV (gás metano) pode ser retirado de fontes associadas ao petróleo, por exemplo, o biogás tem características similares, mas é extraído de matérias orgânicas, aterros sanitários, compostagens e bagaços de cana de açúcar, entre outros.
Por isso, é conhecido também como gás verde.
Após a extração, esse gás sustentável é comprimido e colocado em um caminhão para ser levado diretamente ao usuário, que pode ser um posto, uma indústria, ou ser injetado em um gasoduto.
“Hoje, cerca de dez postos no Rio oferecem a solução, mas até o fim do ano esse número deve aumentar bastante, já que o biometano tem um custo de aquisição mais barato e é completamente seguro”, diz Mathuiy.
Wallace Reis, que é proprietário de seis postos no Estado do Rio, diz que começou a oferecer biogás há um ano por ter uma eficiência maior.
“Muitos clientes nem sabem que estão abastecendo com biogás. Não se dão conta da diferença porque o abastecimento é semelhante ao GNV, mas retornam porque percebem o resultado no carro, veem que desenvolve mais”, conta.
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Outro benefício do GNC é a maior segurança: por ser mais leve do que o ar, em caso de vazamento, o gás se dissipa rapidamente, o que reduz o risco de explosões e incêndios. Enquanto o álcool se inflama a 200ºC, e a gasolina a 300ºC, para que o biogás se inflame, é preciso que seja submetido a uma temperatura superior a 620ºC.
Na maioria dos postos, porém, a identificação do gás verde não é clara. É preciso perguntar ao frentista se a opção está disponível ou observar na bomba se fornecedor é uma das empresas que distribuem o combustível, por exemplo a Neogás.
Fonte: Brasil Postos*
*Extraído do site Minaspetro