13/06/2019 – A Petrobras anunciou nesta quarta-feira redução de 4,6% no preço médio do diesel em suas refinarias, para 2,0664 reais por litro, a partir de quinta-feira, e simultaneamente informou uma revisão em suas regras sobre periodicidade das mudanças das cotações.
“A partir de agora, os reajustes de preços de diesel e gasolina serão realizados sem periodicidade definida, de acordo com as condições de mercado e da análise do ambiente externo, possibilitando a companhia competir de maneira mais eficiente e flexível”, afirmou a empresa em nota.
A empresa, porém, manteve os preços da gasolina para quinta-feira.
Após idas e vindas sobre a sua política de preços, cuja periodicidade no passado chegou a ser quase diária, a Petrobras definiu em março que os valores do diesel não poderiam ser alterados em intervalos inferiores a 15 dias, em meio a pressões de caminhoneiros.
Já a gasolina, pela última política, não poderia ter o preço mantido por mais de 15 dias, prazo que levava em conta um mecanismo de hedge adotado pela estatal.
A redução no preço do diesel ocorre em meio a uma queda nos preços do petróleo e a um real mais forte frente ao dólar, fatores que interferem na decisão da Petrobras.
Nesta semana, a Petrobras baixou o preço da gasolina em cerca de 3%, para 1,81 real por litro, na segunda queda do mês para o combustível.
Em 1º de junho, a empresa já havia reduzido também o preço médio do diesel em 6% nas refinarias.
Nesta quarta-feira, os preços do petróleo no mercado internacional recuaram 4%, para seus níveis mais baixos de fechamento em quase cinco meses, enfraquecidos por um novo aumento inesperado nos estoques do produto nos Estados Unidos e por uma previsão mais baixa para a demanda global.
No ano, contudo, o preço do petróleo Brent acumula alta de mais de 10%.
Já os preços dos combustíveis da Petrobras seguem acumulando altas no ano: 14% para o diesel; e 20% para a gasolina.
No mesmo comunicado em que anunciou a revisão na periodicidade do reajuste, a empresa afirmou que “ficam mantidos os princípios que balizam a prática de preços competitivos, como preço de paridade internacional (PPI), margens para remuneração dos riscos inerentes à operação, nível de participação no mercado e mecanismos de proteção via derivativos”.
12/06/19
Fonte: Reuters*
*Texto extraído do Portal UDOP