13/02/2019 – Em janeiro, as vendas de etanol hidratado pelas usinas da região Centro-Sul somaram 1,83 bilhão de litros, elevação de 32,45% na comparação igual período de 2018 (1,38 bilhão de litros). Segundo dados divulgados pela União da Indústria de Cana-de-açúcar (UNICA), o montante negociado é recorde para o período. Considerando o mercado nacional como um todo, o volume consumido chega a 2 bilhões de litros.
“Para o mercado brasileiro, esse volume vendido é surpreendente se considerarmos que ele supera em 2,16% o montante comercializado em dezembro e, mais importante, que em janeiro historicamente se registra queda média de 13% no consumo total de combustíveis leves”, disse, em nota, o diretor técnico da UNICA, Antonio de Padua Rodrigues.
Considerando os resultados da segunda quinzena do último mês o desempenho também foi favorável. A comercialização chegou a 960,79 milhões de litros, com alta de 32,34% em relação à quantidade observada no mesmo período do ano anterior.
“O mercado de etanol hidratado aquecido durante a safra refletiu a alta competitividade do renovável frente a gasolina na maior parte do mercado consumidor, inclusive nas localidades onde a relação de preços entre eles usualmente não era favorável ao biocombustível”, destacou o dirigente da UNICA.
Com efeito, a paridade (relação de preços de bomba entre etanol hidratado e gasolina) média observada no Brasil atingiu 66% em 2018. Como consequência, a participação total do etanol (hidratado e anidro) na matriz de combustíveis leves (Ciclo Otto) saltou, em termos energéticos, para 46,1% – a maior registrada no mercado nacional desde 2009.
No resultado acumulado da safra, abril de 2018 a 1º de fevereiro de 2019, as vendas de etanol pelo Centro-Sul somaram 25,69 bilhões de litros – 18,06 bilhões de litros de etanol hidratado e 7,63 bilhões de litros de etanol anidro. Deste total, 1,39 bilhão de litros foram para exportação e 24,29 bilhões ao mercado interno. As vendas domésticas de hidratado atingiram 17,49 bilhões de litros na safra 2018/2019, crescimento de 35,10% sobre o último ciclo agrícola.
Fonte: Datagro*
*Texto extraído do portal UDOP