29/09/2023 – Presidente da Petrobras diz que acompanha preço do petróleo internacional, mas descarta novo aumento dos combustíveis agora
Os combustíveis não terão um novo aumento de preço neste mês de setembro. Ao menos foi o que garantiu o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates em entrevista nesta quinta-feira (28). Ele disse que está acompanhando a elevação do barril de petróleo fora do país, mas que ainda não vai repassar tal aumento para o consumidor no Brasil.
Para Prates, a Petrobras ainda tem lastro para “aguentar o desconforto” e manter os preços dos combustíveis no patamar atual por um período maior de tempo. Nos últimos dias, as cotações internacionais de petróleo subiram muito, e este movimento gerou preocupação de milhões de motoristas ao redor do país.
“Os modelos por enquanto estão indicando que é possível manter (o preço dos combustíveis) no mesmo patamar, sem haver absolutamente nenhum risco para a rentabilidade da empresa”, disse Prates, após evento com atletas olímpicos patrocinados pela estatal nesta quinta-feira (28).
Novo aumentos nos combustíveis
De todo modo, Prates não negou que ainda não é possível cravar por quanto tempo vai durar esta trégua. De acordo com ele, os reajustes nos preços dos combustíveis podem ser retomados caso o patamar do barril de petróleo seja consolidado em um nível alto.
Segundo o presidente da Petrobras, se o preço do barril atingir US$ 100, como boa parte dos especialistas estão prevendo para outubro, “será uma barreira psicológica importante”, o que indica que novas elevações poderão ser praticadas para o consumidor na bomba.
Preço do petróleo
Dado oficiais apontam que nesta quarta-feira (27), a cotação do petróleo Brent, chegou a bater US$ 96 por barril. Analistas dizem que este patamar está pressionando cada vez mais o Brasil a elevar os preços dos seus combustíveis, para evitar uma defasagem ainda maior.
Dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis mostram que nesta quinta-feira (28), o preço do diesel nas refinarias da Petrobras estava R$ 0,86 por litro abaixo da paridade internacional. Já a gasolina conta com uma defasagem de R$ 0,27 por litro.
Segurar os preços
Desde que assumiu a presidência da Petrobras no início deste ano, Jean Paul Prates vem sendo acusado de atuar para segurar os preços dos combustíveis de maneira artificial. Ele nega as acusações, e diz que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) jamais o fez este pedido.
Prates lembrou que, quando necessário, elevou os preços dos combustíveis no último mês de agosto, e elogiou a nova política de definição de preços, que está substituindo o Plano de Paridade Internacional (PPI).
“Podemos aguentar desconforto por um tempo. É bom para o Brasil (a nova política de preços da estatal) e não é ruim para a Petrobras. Abrasileirar os preços não é uma coisa de campanha (presidencial). A gente mudou o modelo e vai ajustar quando o novo patamar estiver consolidado”, seguiu ele.
Falta de combustíveis
Prates também foi perguntado sobre a possibilidade de falta de combustível no Brasil. Sobre este assunto, ele sinalizou que está tranquilo e disse que não há chances disto acontecer. De todo modo, o presidente da Petrobras frisou que pode fazer importações adicionais para suprir eventuais necessidades dos brasileiros.
Segundo ele, a estatal operou suas refinarias em setembro com utilização de 94% da capacidade. A empresa vem elevando a utilização para suprir o mercado interno com menor necessidade de importações.
Vale lembrar que nesta semana o IPCA-15, prévia da inflação oficial, subiu 0,35% em setembro, puxado principalmente pela alta da gasolina. O preço deste combustível subiu mais de 5% entre agosto e setembro.
O fato é que o IPCA-15 pega por completo o reajuste para cima dos preços da gasolina e do diesel anunciado pela Petrobras no último dia 15 de agosto. O litro da gasolina, por exemplo, subiu R$ 0,41 e do diesel, R$ 0,78.
Fonte: Notícias concursos*
*Extraído do site: Notícias concursos