O FIM DOS INCENTIVOS PARA CARROS ELÉTRICOS NOS EUA PODE VIRAR O JOGO DA ELETRIFICAÇÃO MUNDIAL!

Não está fácil para o Carro Elétrico! Essa frase tem sido repetida pela lista vip e pelo Blog do Errejota. A chegada de Trump na casa branca reforça a desigualdade de condições competitivas entre carros a combustão e elétricos. Mas toda ação tem dois lados. 

Os incentivos à produção e venda de carros elétricos nos Estados Unidos batem a casa dos bilhões de dólares. isso sempre tem incomodado diversos setores da economia que perdem a competitividade por não ter condições parecidas as dadas aos veículos de baixa emissão de carbono. Os Estados Unidos estão bem à frente em maturidade de mercado de vendas de veículos elétricos o que pode ter uma reação diferente da encontrada pela Europa.

Viu-se recentemente que o cancelamento dos incentivos governamentais na Alemanha reduziu em quase 30% a venda de veículos elétricos no país, grande parte devido a equiparação de preços entre carros elétricos e a combustão. É preciso lembrar que na Europa tanto o preço do combustível como o preço da energia elétrica são incompatíveis com os mercados americanos, incluindo toda a América, o que dificulta a ampliação do mercado de motores do ciclo otto assim como o crescimento dos elétricos.

Isso quer dizer que existe a possibilidade, no caso dos Estados Unidos onde o mercado está muito avançado, que a indústria consiga se adaptar a falta desse incentivo melhorando sua eficiência e diminuindo os seus custos, cortando também margem para se tornar competitiva e se manter viva no mercado. Ao contrário da Europa que tem um mercado muito exclusivo e pequeno, Estados Unidos, Brasil, China em Índia são mercados completamente diferentes e abertos para a possibilidade de a eletrificação da frota vingar há um longo e demorado prazo.

Não é novidade que tenho dito constantemente por aqui, que enquanto houver petróleo, a possibilidade de uma troca das frotas de veículos leves em sua totalidade pelos eletrificados é muito remota. Isso se dá pela rentabilidade conseguida num barril de petróleo e por seus preços serem altamente inflacionados pelo cartel da OPEP. Trocando em miúdos, os produtores de petróleo têm margens gigantes para competir por preços baixos de gasolina e diesel por um bom tempo, isso considerando as reservas de petróleo atuais.

O foco do mercado deve ser direcionado não mais ao produto, o combustível ou o veículo. As empresas devem virar seus olhos para o consumidor, para as novas gerações, e os padrões de consumo que estão sendo estabelecidos nesse momento e que vão impactar nos próximos 20, 30, 50 anos. A mobilidade é um ponto fundamental que deve ser verificado constantemente pela indústria para entender as mudanças de comportamento de consumo dos clientes. Afinal, como as novas gerações vão se mover vai determinar, além do consumo, as relações pessoais e profissionais que tendem a premiar pequenas distâncias.

Realmente não está fácil para o carro elétrico, assim como também não está fácil para o mercado inteiro de veículos, sobrando para os governos e todos os interessados numa transição energética ambiental mais correta, a possibilidade de se iniciar essa eletrificação das frotas pelos veículos pesados. A escolha dos veículos leves se dá pela falta de representatividade que esse segmento tem por não ser um grupo consumidor organizado, diferente das transportadoras, empresas de logística e grandes companhias.

Esse conteúdo foi produzido pelo nosso parceiro Roberto James do Blog do ErreJota

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