Pouco mais de um ano após a adoção da nova política da Petrobras, o preço médio pago pelo litro da gasolina subiu 28,9%, ao passar de R$ 3,489 para R$ 4,50 entre os dias 3 de julho de 2017 e 21 de julho de 2018.
De acordo com os dados, coletados semanalmente pela ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), os motoristas que abasteceram seus veículos com gasolina na última semana pagaram entre R$ 3,699 e R$ 5,599 pelo litro do combustível. Há um ano, os preços do líquido variavam de R$ 2,799 a R$ 4,70.
Com a alta registrada em um ano, o proprietário de um veículo movido a gasolina com tanque de 50 litros passou a pagar, em média, R$ 50,55 a mais pela mesma quantidade de combustível para encher o tanque.
Ao mesmo tempo em que a ANP apura uma alta de quase 30% na alta da gasolina, IPCA-15 (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15) de julho aponta que o valor cobrado pelo combustível saltou 31,18% nos últimos 12 meses.
Quem também amargou uma alta no valor do preço da gasolina foram as distribuidoras. Segundo os levantamentos da ANP, o valor médio de distribuição do líquido disparou 33,3% desde julho do ano passado. Com a alta, os revendedores que pagaram cerca de R$ 3,039 pelo litro do combustível passaram a desembolsar, em média, R$ 4,052 pela mesma quantia.
Diesel e gás de cozinha
Os demais combustíveis frequentemente utilizados pelos brasileiros e que passaram a ser reajustados com maior frequência pela Petrobras também apresentaram altas significativas de preços no período.
O GLP (Gás Liquefeito de Petróleo), popularmente conhecido como gás de cozinha, ficou 19,18% mais caro ao longo do último ano. De acordo com a ANP, um botijão com 13 kg do líquido era vendido por, em média, R$ 57,62 há pouco mais de um ano e, atualmente, custa cerca de R$ 68,68.
Já em relação ao diesel, a alta registrada no preço médio do combustível no período foi de 17,46%, ao passar de R$ 2,948 para R$ 3,463. Para as distribuidoras, a variação do valor do líquido foi ainda mais salgada, de 24,54%.
Greve
Ao final do mês de abril, os caminhoneiros interromperam a distribuição de combustíveis com uma manifestação que afetou o abastecimento em todo o país. Como consequência da paralisação, os preços dispararam.
Com exceção ao etanol, todos os combustíveis registraram seus preços médios mais altos da história na semana finalizada no último dia 6 de junho. No período, os motoristas pagaram cerca de R$ 4,614 pela gasolina, R$ 3,828 pelo diesel e R$ 70,60 por um botijão de gás.
Segundo a ANP, o valor cobrado pelo litro da gasolina nos postos do Brasil chegou à casa dos R$ 5,40, preço menor do que o máximo apurado pelo órgão na última semana.
Vale lembrar que uma das reivindicações dos motoristas ao decidir frear nas estradas do país foi exatamente o preço do diesel. Após a paralisação, o governo estabeleceu um programa de subsídios para reduzir o valor do combustível na bomba. A baixa no preço médio do litro do combustível foi registrada por cinco semanas seguidas e, desde então, se mantém na faixa de R$ 3,38.
Fonte: Fecombustíveis