A estimativa foi feita por José Alberto Paiva Gouveia, presidente do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo). No caso do etanol, o aumento na bomba pode ser de até R$ 0,70.
Nesta terça-feira (27), o futuro ministro da Fazenda, Fernando Haddad, pediu para que o atual ministro da Economia, Paulo Guedes, não prorrogasse a desoneração dos impostos federais sobre combustíveis.
O que acontece?
- Atualmente, portaria baixada pelo governo Bolsonaro zera impostos federais sobre combustíveis como PIS/Pasep e Cofins.
- No caso da gasolina, também foi zerada a Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico).
- Sem renovação, os impostos voltam a ser cobrados no dia 1º de janeiro, fazendo com que o preço dos combustíveis suba na bomba.
- Segundo o presidente do Sincopetro, não é possível segurar o reajuste.
[Se não subir os preços], eu vendo combustível no dia 1º e não consigo mais comprar depois – José Alberto Paiva Gouveia, presidente do Sincopetro
Na avaliação de Gouveia, no entanto, “nada impede” que o governo Lula publique, já no dia 1º de janeiro, decreto renovando a desoneração de impostos. “Haddad pode fazer isso a qualquer momento”, disse Gouveia.
Para o presidente do Sincopetro, o governo Lula busca fazer ganho político da situação. “Politicamente é inteligente. Por que o novo governo daria esse louro ao governo que está saindo?”, disse.
Hoje, Haddad disse que precisa de mais tempo para avaliar a desoneração de impostos sobre combustíveis.
Qual é a urgência de tomar medidas a três dias da posse? Sobretudo em temas que podem ser decididos sem atropelo
Fonte: UOL*
*Extraído de Fecombustíveis