O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta quinta-feira que pretende avançar nas negociações de um acordo comercial entre o Mercosul e a Indonésia e afirmou que o Brasil vai propor durante a cúpula climática das Nações Unidas COP30, que será realizada mês que vem em Belém, a quadruplicação do uso de combustíveis sustentáveis.
“Em dezembro de 2023, na última presidência brasileira do Mercosul, fechamos um acordo com Cingapura. Durante nossa atual presidência, até o final do ano, vamos avançar nas tratativas para um acordo de comércio preferencial Mercosul e a Indonésia”, disse Lula, em discurso durante Fórum Empresarial Indonésia-Brasil, em Jacarta.
“Menos de vinte dias nos separam da COP30. Quadruplicar o uso de combustíveis sustentáveis é uma das propostas que levaremos a Belém”, afirmou.
Lula também disse que a criação de um conselho nacional sobre minerais críticos, vinculado à Presidência da República, é um passo importante para a soberania brasileira sobre o setor e afirmou que o Brasil não pretende ser um “mero exportador de commodities”.
“Apesar de termos só 30% da riqueza mineral devidamente mapeada, já contamos com 10% das reservas mundiais de minerais críticos, essenciais para a transição energética. A criação de um Conselho Nacional de Minerais Críticos, vinculado à Presidência da República, será um passo para garantir a soberania”, disse.
“Queremos agregar valor em nosso território, com responsabilidade ambiental e respeito às comunidades locais.”
Em sua fala, Lula disse ainda que o Pix e o sistema de pagamento indonésio QRIS podem servir de inspiração para outros países do Brics com vista à realização de comércio em moeda local entre as nações.
“No âmbito do Brics, o Pix brasileiro e o QRIS indonésio oferecem modelos de sistemas de pagamentos eficazes e acessíveis, que podem inspirar medidas que facilitarão o comércio em moedas locais entre os países do bloco. Esse movimento também faz parte de uma estratégia mais ampla do Brasil de diversificar parcerias e facilitar o comércio”, disse Lula.
“Como a Indonésia, o Brasil se opõe a medidas unilaterais e coercitivas que distorcem o comércio e limitam a integração econômica”, acrescentou.
Fonte: Terra.com.br