Pix: quais ‘evoluções’ são esperadas para o futuro da ferramenta

21/11/2023 – Se a previsão do Banco Central se cumprir, a partir do segundo semestre do ano que vem será possível realizar uma nova modalidade do Pix: a versão agendada. A determinação para o lançamento da funcionalidade foi anunciada em uma transmissão ao vivo exibida na semana passada pelo banco, em celebração aos três anos de lançamento da plataforma de pagamento.

A versão agendada, que era inicialmente esperada para ainda este ano, conforme anúncios realizados em meados de 2022, será uma prioridade para atualizar a funcionalidade de pagamento instantâneo — que até dezembro passado promoveu a inclusão financeira de 71,5 milhões de brasileiros em localidades com difícil acesso a agências bancárias.

Com dia marcado

 

O Pix agendado funcionará em formato parecido ao débito automático, para o pagamento de contas recorrentes e assinaturas. A inovação, portanto, aumentará a carteira de instituições financeiras que estarão disponíveis para programar pagamentos com dia marcado.

Embora não tenham sido anunciadas datas para o lançamento de mais funcionalidades, os representantes do BC citaram a intenção de lançar o Pix internacional, que consiste na possibilidade de fazer transferências e compras no exterior com o mesmo sistema.

Também foi lembrada a atualização para pagamento por meio de aproximação, como ocorre hoje com os cartões de crédito e celulares, além do Pix offline, um projeto especialmente desejado pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto.

Nessa modalidade, seria possível usar o serviço sem conexão com a internet — neste momento ainda fundamental para conectar-se aos programas que fazem as transferências. A ideia é que esse tipo de Pix funcione por meio de aplicativos para celular adaptados, para a transferência manual ou por meio de aproximação. O projeto está na pasta do Banco Central, mas não foi detalhado.

Pix parcelado

Embora também esteja previsto na agenda de inovações, o Pix parcelado já é realidade para bancos e fintechs que decidiram se antecipar à funcionalidade. Com essa opção, é possível parcelar as compras em até 24 vezes, mas sempre com o acréscimo de juros.

O modelo oferecido por essas instituições é semelhante a um parcelamento com juros no cartão. Em alguns casos a operação é vinculada ao limite do próprio cartão e, em outros, relacionada a um tipo de empréstimo que o banco ofereça.

No futuro, é possível que essa modalidade parcelada no Pix se sobreponha à existência do cartão de crédito, acredita o presidente do Banco Central. Perguntado sobre essa possibilidade pela plateia durante os debates do “E Agora, Brasil?”, Campos Neto citou esse como um cenário possível no futuro:

— Entendemos que com a evolução do Pix há uma tendência dos bancos quererem fazer financiamentos e compras parceladas dentro da trilha do Pix. Pode haver um efeito de substituição (com o cartão de crédito) — pontuou Campos Neto.

Todas as novas funcionalidades do Pix são atualizadas na plataforma com o serviço em andamento, sem pausas.

— O Pix não tem um botão de pare. Toda manutenção e atualização, inclusive as que são necessárias para desenvolver novos serviços, porque o Pix tem uma agenda evolutiva, é feita com ele funcionando — explicou recentemente Rogério Lucca, chefe do departamento de operações bancárias e de sistemas de pagamentos do BC, durante uma live da instituição.

Segurança

Na ala da segurança do serviço, porém, não há nenhuma nova ferramenta específica no horizonte a ser lançada pelo Banco Central. Porém, no que diz respeito às fraudes, está em desenvolvimento um rastreio mais robusto para identificar contas envolvidas em esquemas criminosos. A ideia é que todo o “caminho” feito de conta em conta pelo dinheiro adquirido por meio de fraude seja identificado pelo BC.

 

 

Fonte: O Globo*
*Extraído do site: Fecombustíveis