O preço médio da gasolina nos postos brasileiros recuou 0,47% na primeira quinzena de novembro, fixando-se em R$ 6,33. Este é o menor valor registrado para o combustível desde setembro, segundo apontamentos do Índice de Preços Edenred Ticket Log (IPTL). O etanol acompanhou o movimento de arrefecimento, com queda de 0,45% e média nacional de R$ 4,42.
O cenário indica um reflexo tardio do reajuste realizado nas refinarias no mês anterior. “A redução anunciada pela Petrobras em outubro começa a refletir no bolso do consumidor, embora o repasse ainda seja tímido. O movimento de queda também se observa, de forma mais sutil, no etanol”, analisa Renato Mascarenhas, diretor de Rede de Abastecimento da Edenred Mobilidade.
No recorte geográfico, todas as regiões brasileiras apresentaram retração no valor da gasolina. O Nordeste liderou a baixa percentual, com recuo de 0,93% (R$ 6,39). O Sudeste, contudo, mantém as bombas mais competitivas do país, com preço médio de R$ 6,19, enquanto o Norte figura com o combustível mais caro, custando R$ 6,82 por litro.
Entre as unidades federativas, a disparidade de preços é notável: a Bahia registrou a maior redução na gasolina (-2,33%), mas é na Paraíba onde se encontra o menor preço absoluto (R$ 6,08). Na outra ponta, Roraima ostenta a gasolina mais cara do Brasil (R$ 7,41), mesmo após leve recuo. O Rio Grande do Norte foi na contramão da tendência nacional, registrando a maior alta do período (+1,62%).
Já o mercado de etanol mostrou estabilidade na maioria das regiões, com exceção do Nordeste, onde o preço caiu 2,83%. São Paulo segue com o biocombustível mais barato (R$ 4,21), enquanto o Amazonas registra o maior valor (R$ 5,47).
Para o motorista que busca economia, a conta na ponta do lápis favorece o derivado da cana em 14 estados, incluindo todo o Centro-Oeste. Segundo Mascarenhas, além do fator preço, a escolha pelo etanol neste momento fortalece a mobilidade sustentável pela menor emissão de poluentes.