25/08/2021 – O preço da gasolina comum vem acumulando altas no País e já ultrapassou R$ 7 no Rio Grande do Sul, segundo a pesquisa semanal da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). O preço médio no Brasil, de R$ 5,866, subiu 0,22% entre os dias 8 e 14 de agosto (últimos dados disponíveis) e acumula alta de 0,60% no mês.
Especialistas dizem que o dólar tem grande influência nesse comportamento – os derivados de petróleo sobem sempre que o câmbio sofre desvalorização (ou seja, o real fica mais barato) e o preço do barril aumenta. Outros fatores, no entanto, também influenciam no preço final do combustível, como o avanço da variante Delta do coronavírus, que tende a conter o crescimento e, consequentemente, aliviar os preços. Por outro lado, os conflitos no Afeganistão, que não é produtor de petróleo, mas está no Oriente Médio, região rica em reservas, puxam os custos para cima.
Na composição do preço da gasolina, a fatia da Petrobras é a maior, superando os 30% – no caso do óleo diesel, essa parcela é ainda maior, passando dos 50%. Sempre citado pelo presidente Jair Bolsonaro em sua disputa com os governadores, o ICMS (imposto estadual) também é “vilão” no preço dos combustíveis e responsável por quase 28% do valor final. Impostos federais – Cide, PIS e Cofins – representam outros 11,6%.
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O imposto estadual incide sobre o preço do combustível – o preço médio ponderado ao consumidor final, que é reajustado a cada 15 dias. Cada Estado tem competência para definir a alíquota. Segundo dados da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis (Fecombustíveis), ela varia entre 25% e 34% na gasolina, dependendo do Estado.
Os biocombustíveis, que também são incluídos na mistura final, também subiram de preço – caso do etanol anidro, que é adicionado na proporção de 27% na gasolina comum e representa cerca de 16% do preço final. As margens brutas de revenda e distribuição, por sua vez, ficam em torno de 11,7% do preço final.