Durante décadas, gasolina e diesel dominaram o abastecimento dos carros no Brasil e no mundo. Com isso, os motoristas sempre foram reféns dos combustíveis fósseis.
Nos últimos anos, porém, a chegada de soluções que prometem reduzir emissões e ampliar a eficiência energética tem feito esse cenário mudar rapidamente.
O futuro dos combustíveis e da mobilidade sustentável
A eletrificação é o caminho mais comentado, e os números comprovam esse avanço. Conforme dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), entre janeiro e julho de 2025 foram emplacados 139.181 veículos eletrificados no Brasil (híbridos e elétricos).
Esse volume correspondeu a um crescimento de 47,1% em relação ao mesmo período de 2024. Em todo o ano de 2023 foram vendidos 93.968 eletrificados, o que mostra o crescimento exponencial do segmento.
Atualmente, diversas montadoras apostam em versões e variantes de modelos com algum tipo de eletrificação. Esses modelos, antes, eram movidos por combustíveis tradicionais. É o caso dos Peugeot 208 e 2008, que passarão por esse processo – assim como diversos outros exemplos.
Ao mesmo tempo, os combustíveis tradicionais e renováveis continuam desempenhando papel essencial. Em 2024, o Brasil produziu aproximadamente 44,19 bilhões de litros de gasolina comum e 67,25 bilhões de litros de diesel. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo e Gás Natural (ANP).
O crescimento dos eletrificados é um sinal claro de transformação, mas outras soluções continuam relevantes. Etanol, hidrogênio verde e biocombustíveis complementam a transição energética, e são alternativas que reduzem emissões, diversificam a matriz energética e oferecem soluções adaptadas a diferentes necessidades de transporte.
Durante décadas, gasolina e diesel dominaram o abastecimento dos carros no Brasil e no mundo. Com isso, os motoristas sempre foram reféns dos combustíveis fósseis.
Nos últimos anos, porém, a chegada de soluções que prometem reduzir emissões e ampliar a eficiência energética tem feito esse cenário mudar rapidamente.
O futuro dos combustíveis e da mobilidade sustentável
A eletrificação é o caminho mais comentado, e os números comprovam esse avanço. Conforme dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), entre janeiro e julho de 2025 foram emplacados 139.181 veículos eletrificados no Brasil (híbridos e elétricos).
Esse volume correspondeu a um crescimento de 47,1% em relação ao mesmo período de 2024. Em todo o ano de 2023 foram vendidos 93.968 eletrificados, o que mostra o crescimento exponencial do segmento.
Atualmente, diversas montadoras apostam em versões e variantes de modelos com algum tipo de eletrificação. Esses modelos, antes, eram movidos por combustíveis tradicionais. É o caso dos Peugeot 208 e 2008, que passarão por esse processo – assim como diversos outros exemplos.
Ao mesmo tempo, os combustíveis tradicionais e renováveis continuam desempenhando papel essencial. Em 2024, o Brasil produziu aproximadamente 44,19 bilhões de litros de gasolina comum e 67,25 bilhões de litros de diesel. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo e Gás Natural (ANP).
O crescimento dos eletrificados é um sinal claro de transformação, mas outras soluções continuam relevantes. Etanol, hidrogênio verde e biocombustíveis complementam a transição energética, e são alternativas que reduzem emissões, diversificam a matriz energética e oferecem soluções adaptadas a diferentes necessidades de transporte.
Etanol: combustível renovável e consolidado no país
O etanol é produzido principalmente a partir da cana-de-açúcar e começou a ganhar força na década de 1970 com o programa Proálcool. Depois, consolidou-se com os carros flex a partir dos anos 2000.
Também conforme a ANP, em 2024 o Brasil produziu aproximadamente 35 bilhões de litros de etanol. E, também no ano passado, a comercialização de etanol hidratado atingiu 21,66 bilhões de litros, um crescimento de 33,4% em relação ao ano anterior.
Além disso, tecnologias como o etanol de segunda geração (2G), produzido a partir de resíduos agrícolas, aumentam a eficiência e a sustentabilidade do processo.
Hoje, o etanol é visto como uma alternativa de baixo carbono porque, apesar de emitir CO² na queima, essa emissão é parcialmente compensada pelo processo de fotossíntese da cana durante o cultivo.
No futuro, o etanol poderá ganhar ainda mais relevância se for combinado a novas tecnologias. Montadoras já estudam usá-lo como base para produzir hidrogênio verde em larga escala, o que poderia transformar o combustível em uma peça-chave para a transição energética.
Por aqui, o uso do etanol é cada vez mais incentivado. Desde junho, o percentual do combustível presente na gasolina passou de 27% para 30%.
Prós:
- Redução significativa de emissões de CO² em relação à gasolina
- Infraestrutura consolidada e ampla rede de distribuição no Brasil
Contras:
- Preço variável conforme safra e região
- Emissão residual de CO², embora menor que a da gasolina
Hidrogênio verde: promessa limpa e futurista
O hidrogênio desponta como uma das apostas mais ambiciosas da indústria automotiva global. A ideia é simples: armazenar o gás em tanques e utilizá-lo em uma célula a combustível, que gera eletricidade para movimentar o veículo. O resultado é um carro elétrico que emite apenas vapor d’água, sem poluentes ou CO².
Na prática, porém, os desafios ainda são grandes. Existem diferentes formas de produzir hidrogênio, e nem todas são limpas: o chamado hidrogênio cinza, obtido a partir de gás natural, emite tanto quanto os combustíveis fósseis.
Já o hidrogênio verde, considerado o “ideal”, é produzido por meio de eletrólise da água usando fontes renováveis, mas ainda tem custo elevado e demanda muita energia.
No Brasil, praticamente não há infraestrutura para esse tipo de abastecimento. Mas o país pode se tornar competitivo devido ao potencial de gerar energia renovável barata (solar, eólica e biomassa).
Por isso, várias montadoras estudam aplicações futuras do hidrogênio por aqui, principalmente para transporte de carga e ônibus, setores em que as baterias elétricas ainda têm limitações de autonomia e tempo de recarga.
Prós:
- Emissões zero no uso: apenas vapor d’água é liberado
- Potencial para transporte pesado e de longa distância
- Pode complementar a eletrificação em segmentos específicos e ser exportado
Contras:
- Infraestrutura limitada no Brasil
- Produção cara e complexa
Biocombustíveis: biodiesel e biometano em expansão
Os biocombustíveis englobam uma variedade de alternativas derivadas de matérias-primas renováveis, como soja, milho, cana-de-açúcar e até resíduos orgânicos.
No Brasil, o exemplo mais conhecido é o biodiesel, já adicionado obrigatoriamente ao diesel comercializado nos postos. Há também o bioquerosene, que começa a ser testado na aviação, e outros derivados que podem substituir ou complementar os fósseis em diferentes aplicações.
Em 2024, a produção nacional de biodiesel foi de 9,1 milhões de metros cúbicos, com 7,5 bilhões de litros comercializados – aumento de 20% em relação ao ano anterior.
A vantagem é que muitos biocombustíveis podem ser usados em motores já existentes, sem necessidade de grandes mudanças tecnológicas. Além disso, o país possui uma forte base agrícola, o que favorece a produção em larga escala.
Por outro lado, o impacto ambiental depende de como essa produção é feita. Se o cultivo de soja ou milho avançar sobre áreas de floresta, por exemplo, o efeito pode ser negativo em termos de emissões.
Prós:
- Renováveis e menos poluentes que o diesel fóssil
- Aproveitamento de resíduos agrícolas, reduzindo impacto ambiental
Contras:
- Emissões residuais de CO²
- Custos de produção podem ser elevados
Extraído de Webmotors