12/05/2021 – As vendas dos derivados de combustíveis de petróleo pelas distribuidoras em Minas Gerais aumentaram no primeiro trimestre frente a igual período do ano passado. Nos três primeiros meses deste ano, foram comercializados 3,624 milhões de metros cúbicos, enquanto no mesmo período do ano passado foram 3,476 milhões de metros cúbicos, o que representa um avanço de 4,2%. Os dados são da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
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Presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro), Carlos Guimarães destaca que esse avanço de 4,2% demonstra resiliência.
“É um crescimento ainda tímido, mas importante, em um momento em que ainda seguimos na pandemia. É um crescimento de vendas importante ainda mais se analisarmos que os combustíveis somente neste ano subiram mais de 30%. Então, a gente tem uma crise que perdura por mais de um ano, nós temos um combustível extremamente caro devido ao preço do petróleo e o preço do dólar”, diz. “Mesmo assim a gente teve esse crescimento, isso mostra uma resiliência dentro do mercado”, afirma.
Para Guimarães, se os preços dos combustíveis não tivessem subido tanto, as vendas seriam ainda maiores. “E talvez até a própria economia estaria um pouco mais aquecida”, diz ele, que acrescenta que o avanço da vacinação contra a Covid-19 também traz expectativas positivas. “A gente espera que a economia retome e a gente tenha um segundo trimestre, principalmente um segundo semestre, com vendas mais próximas da normalidade”, afirma.
Diante desse cenário, os números também mostram que somente no mês de março a alta na comercialização dos derivados de combustíveis de petróleo foi de 11,1% frente ao mesmo mês de 2020. Enquanto no terceiro mês do ano foram vendidos 1,272 milhão de metros cúbicos, em março do ano passado foram 1,144 milhão.
Quando se analisa os combustíveis separadamente, os números revelam que nos três primeiros meses deste ano foram comercializados 800.958 metros cúbicos de gasolina. Em igual época de 2020, foram 784.514 metros cúbicos, o que evidencia alta de 2%. Em março (260.673 metros cúbicos), o incremento foi de 6,9% na comparação com o mesmo mês de 2020 (243.666 mil metros cúbicos).
Aumentos também foram notados na comercialização do óleo diesel. No primeiro trimestre (1,744 milhão de metros cúbicos) frente ao mesmo trimestre do ano anterior (1,585 milhão de metros cúbicos) o incremento foi de 10%. Já no mês de março, foram comercializados 664.059 metros cúbicos, enquanto em igual mês de 2020 foram 560.691, o que aponta para alta de 18,4%.
Por fim, as vendas do gás liquefeito de petróleo (GLP) diminuíram nas duas bases de comparação. Nos primeiros três meses deste ano, foram comercializados 314.969 metros cúbicos, enquanto em igual período do ano passado foram 318.430 metros cúbicos, o que representa queda de 1%. Em março de 2021 (114.206 metros cúbicos) frente a março de 2020 (117.970 metros cúbicos), o recuo foi de 3,1%.
Produção de combustíveis
Os dados divulgados pela ANP também mostram, além das vendas dos combustíveis, como foi a produção de derivados de petróleo em março e no trimestre.
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Na Refinaria Gabriel Passos (Regap), em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), houve queda de produção no primeiro trimestre, passando de 1,920 milhão de metros cúbicos nos três primeiros meses de 2020 para 1,869 milhão de metros cúbicos, o que representa recuo de 2,6%. Em março (590.968), na comparação com igual mês de 2020 (638.347), a retração foi de 7,4%.
Os números também mostram que a produção de gasolina da Regap no primeiro trimestre deste ano foi de 481.945 metros cúbicos, enquanto em igual período de 2020 atingiu 496.965 metros cúbicos, apontando para retração de 3%. Em março (169.140 metros cúbicos) frente a março do ano passado (169.475 metros cúbicos), a queda foi de 0,19%.
Em relação ao óleo diesel, houve retração de 2,9% no primeiro trimestre (812.158 metros cúbicos) frente ao mesmo trimestre do ano passado (836.433 metros cúbicos). Em março (211.600 metros cúbicos), na comparação com o mesmo mês de 2020 (275.836 metros cúbicos), o recuo foi de 23,28%.
Fonte: Diário do Comércio