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MERCADO DE ETANOL DE MILHO ATRAI GIGANTES NO PAÍS

19/12/2019 – A comercializadora chinesa de commodities Cofco, o grupo brasileiro de grãos AMaggi e a Raízen, joint-venture entre Shell e Cosan, avaliam construir plantas de etanol de milho no Brasil, disseram à Reuters quatro pessoas familiarizadas ao assunto.

O interesse de algumas das maiores empresas de energia e grãos do mundo reforça o bom momento do etanol de milho no Brasil, o segundo maior produtor global do biocombustível, onde a cana-de-açúcar tem sido virtualmente a única fonte de etanol por décadas.

O impacto nos mercados de commodities pode ser abrangente, já que as novas usinas deverão disputar com o etanol dos Estados Unidos o mercado do Norte e Nordeste brasileiro. Além disso, as exportações de milho pelo Brasil, que quadruplicaram nos últimos anos, podem ser afetadas pela maior demanda local pelo cereal.

Poucos previam a onda de investimentos no setor há dois anos, quando foi lançado o primeiro grande projeto de etanol de milho em Mato Grosso, mas a aparente lucratividade do negócio, em uma região com ampla oferta de milho a custos razoáveis, desencadeou uma onda de seguidores.

O País já possui oito fábricas que convertem o grão no biocombustível, além de outras seis em construção e pelo menos sete em fase de design. Em base de comparação, o Brasil conta com 349 plantas que produzem etanol a partir da cana-de-açúcar, segundo o Ministério da Agricultura.

Embora algumas operações tradicionais com base em cana tenham respondido à tendência com ceticismo, várias adotaram os chamados projetos flex, utilizando tanto milho quanto cana como matéria-prima, a depender da época do ano, o que oferece benefícios financeiros e ambientais.

As novas usinas de etanol também visam a um uso mais lucrativo da crescente produção de milho do Brasil, que aumentou conforme os agricultores aprenderam a gerar uma safra de soja e outra de milho dos mesmos campos em um único ano, com a ajuda do clima tropical.

Na semana passada, os preços do etanol atingiram um recorde nominal nas usinas de São Paulo, superando os R$ 2 por litro pela primeira vez na história, enquanto um novo programa federal de estímulo ao consumo de biocombustíveis – o RenovaBio – entra em vigor no final deste mês.

Fonte: Fecombustíveis

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