02/02/2022 – O preço por litro da gasolina comum no Rio de Janeiro bateu, na semana entre 23 e 29 de janeiro, a casa dos R$ 8,02. Em Minas Gerais, o preço máximo encontrado chegou a R$ 7,69, sendo que, nas três primeiras semanas do ano, o valor mais alto não passava de R$ 7,59, ou R$ 0,10 mais barato. Os dados são do levantamento divulgado ontem pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
No território mineiro, ainda segundo dados da ANP, o valor médio da gasolina comum fechou janeiro a R$ 6,94. Comparado com o mesmo período do ano anterior, quando o litro da gasolina custava R$ 4,72, houve uma variação positiva de 47% entre os anos. Na prática, a alta no período foi de R$ 2,22.
Em relação à última semana de dezembro, o preço médio encontrado nos postos de combustíveis mineiros era de R$ 6,89. Na última de janeiro, o valor médio já era de R$ 6,96, uma diferença de R$ 0,07 por litro de gasolina ou 1,01% de variação registrada em um mês.
Segundo o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo no Estado de Minas Gerais (Minaspetro), Carlos Eduardo Mendes, a explicação para os novos preços praticados é a escalada de valores dos barris de petróleo e da cotação do dólar, fatores que acompanham o mercado desde o ano passado.
É importante ressaltar que ontem o preço do barril estava calculado em US$ 89,7 (R$ 470,82). Enquanto base comparativa, o preço registrado em 3 de janeiro de 2022 foi de US$ 79,98 ou R$ 422,70 pela cotação atual da moeda estrangeira.
Nos estados da região Sudeste, São Paulo (R$ 6,35) e Espírito Santo (R$ 6,82) apresentaram preço médio referente a janeiro menor que o de Minas Gerais (R$ 6,94). O Rio de Janeiro (R$ 7,16) ficou acima.
Congelamento do ICMS
Ainda segundo o presidente do Minaspetro, uma medida que diminui os preços nas bombas de combustíveis do Estado é o congelamento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que incide sobre os combustíveis.
A determinação foi anunciada em 26 de janeiro pelo Governo do Estado e tem validade entre 1º de fevereiro e 31 de março de 2022 e está relacionada ao valor mais conhecido como Preço Médio Ponderado ao Consumidor Final (PMPF).
“O congelamento é importante porque o que a gente viu no ano de 2021 foi a gasolina subir R$ 2 nas bombas. Desse valor, R$ 1 representa a alta no combustível e o restante aos tributos. E agora que o barril volta a subir, o congelamento dos impostos atenua esse ‘repico’ do aumento. Do contrário, teríamos um aumento relacionado à gasolina e ao imposto”, explica Carlos Eduardo Mendes.
Redução da alíquota do diesel
Além disso, outra medida anunciada ontem se relaciona à continuidade da redução da alíquota do ICMS sobre o diesel, de 15% para 14%, que também passou a vigorar em 1º de fevereiro e tem validade prévia para o último dia útil de março deste ano.
No entanto, o pleito do Minaspetro e também do Sindicato dos Transportadores de Combustíveis e Derivados de Petróleo do Estado de Minas Gerais (Sindtanque-MG) é para que a alíquota seja reduzida de forma permanente a 12%.
Fonte: Diário do Comércio*
*Extraído do site: Minaspetro
