21/03/2022- Com o megarreajuste dos combustíveis, o valor do gás de cozinha também disparou nas últimas semanas. Segundo os dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), atualizados ontem, o botijão de 13 quilos já chega a custar R$ 160. Na média, o gás é vendido no País a R$ 112,54, uma alta de 35% em relação ao valor praticado há um ano, quando o botijão era vendido por, em média, R$ 83,11.
Pela pesquisa, o botijão mais caro é encontrado em Mato Grosso, no Centrooeste, por R$ 160. Na região Sul, o valor mais alto identificado foi de R$ 155. No Norte, R$ 150. Já nas regiões Sudeste e Nordeste, já é vendido a R$ 144,99 e R$ 135, respectivamente.
O preço reflete o recente reajuste de 16,1% anunciado pela Petrobras. Além do valor do insumo, a quantia paga pelos consumidores inclui imposto estadual e os custos e margens de distribuidoras e pontos de revenda.
A realidade é distante da prometida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, no primeiro ano do governo Jair Bolsonaro, quando ele afirmava que o País passaria por um “choque da energia barata”. Em diversas ocasiões, ele afirmou que o preço do botijão poderia cair pela metade, algo em torno de R$ 35, considerando o valor médio à época. Anos depois, o presidente Jair Bolsonaro, prestes a concorrer à reeleição, convive com a alta do combustível, que pode ficar ainda mais caro a depender do contexto global e da variação do câmbio.
Clauber Leite, assessor sênior do Instituto Pólis, ressalta que a disparada dos preços afeta, sobretudo, os mais pobres. “Vemos pelos relatos que, infelizmente, as famílias mais pobres começam a utilizar outros meios de combustíveis, que não são adequados”, disse.
Fonte: O Estado de S.Paulo*
*Extraído do site: Fecombustiveis