30/03/2020 – Para garantir maior competitividade às indústrias mineiras e reduzir os custos dos motoristas, principalmente taxistas e de aplicativos de transporte, a Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) anunciou a queda dos preços do gás.
No caso do gás natural voltado para a indústria, a redução é de 5%, e para o gás natural veicular (GNV), a contração será de 5,95%. A tendência é de que os preços caiam ainda mais podendo chegar a uma redução próxima a 10% em maio. A Gasmig mantém os planos de investimentos e, para os próximos três anos, projeta um aporte de R$ 500 milhões na expansão das redes.
O presidente da Gasmig, Pedro Magalhães, explica que acredita que o Brasil vai superar a crise e projeta o investimento de R$ 500 milhões na expansão das redes industrial e residencial. A confirmação do aporte depende ainda da aprovação do conselho.
A redução atual dos preços do gás natural não vai impactar de forma negativa no faturamento da Gasmig, uma vez que houve equalização dos valores da Petrobras para a Gasmig em 2019. Magalhães explica que o preço de venda da Petrobras para São Paulo era muito menor que o cobrado de Minas, e devido à negociação feita pela Gasmig, houve uma queda próxima de 9% nos preços para o Estado, em novembro de 2019, o que compensa a redução atual.
Porém, a parada e redução das atividades econômicas, em função da contenção do coronavírus, na última semana, houve uma retração de 10% do faturamento da Gasmig, mas a tendência é de retomada, uma vez que as principais empresas atendidas estão funcionando e algumas já relatam aumento de demanda vinda da China.
“Desde que entrei na Gasmig, estamos em discussão com a Petrobras pelo valor mais caro praticado com Minas Gerais. Em negociação com a empresa, conseguimos uma redução próxima a 9% em novembro. Como em janeiro houve um reajuste de 4%, repassamos uma queda de 5%. Acho que o gás deve recuar cerca de 10% no mês de maio, em função da redução dos preços do petróleo e do real desvalorizado frente ao dólar”.
No caso da indústria, a redução nos valores é importante para aumentar a competitividade das empresas, para que as mesmas se mantenham em funcionamento durante a pandemia do coronavírus.
Magalhães explica que nesse momento de crise pelo qual o mundo está passando, em função da disseminação do coronavírus, a Gasmig, junto ao governo de Minas Gerais, tomou a decisão de reduzir o preço do gás industrial em 5%, fazendo com que o valor médio do metro cúbico fique em torno de R$ 1,84. No caso do gás veicular, a queda é de 5,95% e, alguns postos, já comercializam o produto a R$ 2,99 o metro cúbico.
Alento – “Para a indústria mineira, que vem enfrentando um momento difícil decorrente da crise provocada pelo coronavírus, com a redução do preço do gás natural daremos uma contribuição para que as elas continuem a desenvolver as atividades. Com a redução do custo do gás, queremos dar maior poder de competitividade, para que as indústrias tenham condições melhores de competir no mercado interno e externo com os produtos fabricados em Minas Gerais”, explicou Magalhães.
A redução dos custos do gás para a indústria pode contribuir também para a manutenção dos empregos. “Com a redução, automaticamente, as indústrias terão mais condições de manter os empregos que, nesse momento, é uma grande preocupação dos brasileiros e dos trabalhadores mineiros”.
GNV – Em relação à queda dos preços do gás natural veicular, a redução de 5,95% irá beneficiar os motoristas que já fizeram a conversão dos veículos para o gás. A revisão dos valores irá beneficiar, principalmente, os taxistas e motoristas de aplicativos como o Uber, POP, Cabify e outros.
“Para se ter ideia, com R$ 50 é possível rodar cerca de 221 quilômetros com o gás veicular natural, 121 quilômetros com os veículos movidos a gasolina e 119 quilômetros com etanol. Com o GNV, o motorista, praticamente, roda o dobro em relação aos outros combustíveis”.
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O representante da Gasmig, explica ainda que a entidade estimula a conversão dos veículos para o GNV. Hoje, são concedidos R$ 2 mil para que taxistas e motoristas de aplicativos de transporte convertam os veículos. Para os cidadãos comuns que quiserem converter, o auxílio é de R$ 1 mil.
“A conversão promove uma economia importante. Um motorista que roda muitos quilômetros, como taxistas e aplicativos de transporte, o retorno do investimento ocorre em cerca de três meses”, explicou Magalhães.
Fonte: Diário do Comércio