{"id":5388,"date":"2023-08-08T22:26:19","date_gmt":"2023-08-09T01:26:19","guid":{"rendered":"https:\/\/lbc.com.br\/?p=626"},"modified":"2023-08-08T22:26:19","modified_gmt":"2023-08-09T01:26:19","slug":"competitividade-do-etanol-nos-postos-e-a-melhor-nos-ultimos-8-anos","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/lbc.com.br\/competitividade-do-etanol-nos-postos-e-a-melhor-nos-ultimos-8-anos\/","title":{"rendered":"Competitividade do etanol nos postos \u00e9 a melhor nos \u00faltimos 8 anos"},"content":{"rendered":"
Relat\u00f3rio de atualiza\u00e7\u00e3o de safra divulgado ontem (9 de agosto) pela Uni\u00e3o da Ind\u00fastria de Cana-de-A\u00e7\u00facar (Unica) aponta que segunda metade de julho volume de\u00a0etanol<\/b>\u00a0total comercializado pelas unidades produtoras do Centro-Sul atingiu 1,50 bilh\u00e3o de litros na segunda quinzena de julho, quase 35% superior ao resultado observado no mesmo per\u00edodo de 2017. Esse significativo crescimento decorre do volume recorde de\u00a0etanol\u00a0<\/b>hidratado<\/b>\u00a0comercializado ao mercado interno na segunda metade de julho: 930,40 milh\u00f5es de litros.<\/p>\n
Esse aumento expressivo nas vendas de\u00a0hidratado<\/b>\u00a0remete \u00e0 competitividade do produto frente \u00e0 gasolina na maior parte do mercado brasileiro. Pesquisa da Ag\u00eancia Nacional do Petr\u00f3leo, G\u00e1s Natural e Biocombust\u00edveis (ANP), com dados compilados pela Unica, indica uma paridade m\u00e9dia de 62% entre os combust\u00edveis no Brasil, muito aqu\u00e9m do rendimento t\u00e9cnico m\u00e9dio de 73%, ao longo da \u00faltima semana (de 29 de julho a 04 de agosto).<\/p>\n
Em pelo menos seis Estados – S\u00e3o Paulo, Paran\u00e1, Minas Gerais, Mato Grosso, Goi\u00e1s e Rio de Janeiro – a competitividade do renov\u00e1vel nos postos \u00e9 a melhor ao longo desta d\u00e9cada. Por exemplo, na capital paulista e em cidades do interior do Estado, a rela\u00e7\u00e3o est\u00e1 abaixo dos 60%.<\/p>\n
Para o diretor T\u00e9cnico da Unica, Antonio de Padua Rodrigues, “nesse momento, abastecer com o\u00a0etanol<\/b>\u00a0gera uma importante economia ao consumidor, al\u00e9m dos in\u00fameros benef\u00edcios ambientais e de sa\u00fade p\u00fablica proporcionados pelo consumo de uma fonte de\u00a0energia<\/b>\u00a0limpa e renov\u00e1vel.” Importante destacar tamb\u00e9m a contribui\u00e7\u00e3o do\u00a0etanol<\/b>\u00a0anidro<\/b>, aquele misturado \u00e0 gasolina, para atenuar o pre\u00e7o do combust\u00edvel f\u00f3ssil nas bombas, concluiu.<\/p>\n
Tomando-se os pre\u00e7os da \u00faltima semana e comparando esses valores com o rendimento m\u00e9dio dos ve\u00edculos, \u00e9 poss\u00edvel concluir que um propriet\u00e1rio de carro flex com consumo m\u00e9dio de 200 litros de combust\u00edvel por m\u00eas est\u00e1 obtendo uma economia m\u00e9dia de R$ 120 mensalmente pelo uso do\u00a0etanol<\/b>.<\/p>\n
Aplicando a mesma l\u00f3gica a todo o volume de\u00a0hidratado<\/b>\u00a0comercializado pelas usinas do Centro-Sul no \u00faltimo m\u00eas, chegamos a uma economia de R$ 970 milh\u00f5es proporcionada pelo biocombust\u00edvel.<\/p>\n
Em rela\u00e7\u00e3o ao\u00a0anidro<\/b>, as vendas ao mercado interno alcan\u00e7aram 407,40 milh\u00f5es de litros na \u00faltima de metade de julho, registrando crescimento de 20,0% em rela\u00e7\u00e3o ao volume comercializado nas duas quinzenas anteriores. Esse aumento \u00e9 explicado especialmente pela maior quantidade de\u00a0etanol<\/b>\u00a0transferida \u00e0 regi\u00e3o Norte-Nordeste ap\u00f3s a redu\u00e7\u00e3o nas importa\u00e7\u00f5es do produto.<\/p>\n
No total de julho, as vendas das unidades produtoras alcan\u00e7aram 2,70 bilh\u00f5es de litros, sendo 253,04 milh\u00f5es direcionados \u00e0 exporta\u00e7\u00e3o e 2,45 bilh\u00f5es ao mercado interno. No mercado interno, o volume comercializado de\u00a0anidro<\/b>\u00a0atingiu 748,63 milh\u00f5es de litros e de\u00a0hidratado<\/b>\u00a01,70 bilh\u00e3o, com crescimento de 51,9% em rela\u00e7\u00e3o a julho de 2017.<\/p>\n
Para o executivo da Unica, “as vendas de julho surpreenderam especialmente por ser um per\u00edodo de f\u00e9rias no Brasil”. A expectativa \u00e9 de que o volume comercializado atinja patamares superiores no m\u00eas de agosto, acrescenta Padua.<\/p>\n
No acumulado desde abril at\u00e9 o final de julho, o volume comercializado de\u00a0etanol<\/b>\u00a0atingiu 9,24 bilh\u00f5es de litros de\u00a0etanol<\/b>, sendo 6,25 bilh\u00f5es de\u00a0hidratado<\/b>\u00a0e 2,98 bilh\u00f5es de\u00a0anidro<\/b>. Deste total, apenas 513,06 milh\u00f5es de litros (ou seja, menos de 6%) destinaram-se \u00e0s exporta\u00e7\u00f5es e 8,72 bilh\u00f5es foram direcionados ao mercado interno – crescimento de 15,3% em rela\u00e7\u00e3o ao mesmo per\u00edodo de 2017, com destaque para as vendas internas de\u00a0hidratado<\/b>\u00a0que somaram 6,04 bilh\u00f5es e registraram aumento de 37,7% em rela\u00e7\u00e3o ao \u00faltimo ano.<\/p>\n
Quanto \u00e0 produ\u00e7\u00e3o de\u00a0a\u00e7\u00facar<\/b>, o Relat\u00f3rio aponta que esta somou 2,61 milh\u00f5es de toneladas na segunda metade de julho, expressiva queda de 23,65% (equivalente a mais de 810 mil toneladas) sobre o resultado em igual per\u00edodo da safra 2017\/2018. Em contrapartida, a fabrica\u00e7\u00e3o de\u00a0etanol<\/b>\u00a0aumentou 24,66%, alcan\u00e7ando 2,60 bilh\u00f5es de litros.<\/p>\n
Deste volume, 864,26 milh\u00f5es de litros correspondem ao\u00a0etanol<\/b>\u00a0anidro<\/b>\u00a0e 1,74 bilh\u00e3o ao\u00a0etanol<\/b>\u00a0hidratado<\/b>. Este \u00faltimo representa um crescimento de 51,37% comparado aos 1,15 bilh\u00e3o de litros registrados na segunda quinzena de julho de 2017.<\/p>\n
“Diante desses resultados, menos de 40% da\u00a0cana<\/b>\u00a0segue direcionada \u00e0 produ\u00e7\u00e3o de\u00a0a\u00e7\u00facar<\/b>“, comenta o executivo. Nos \u00faltimos 15 dias de julho, 38,47% da mat\u00e9ria-prima processada destinou-se \u00e0 fabrica\u00e7\u00e3o de\u00a0a\u00e7\u00facar<\/b>, contra 50,35% na mesma quinzena do ano passado. No acumulado da atual safra, este percentual atinge apenas 36,52%.<\/p>\n
Sobre o\u00a0etanol<\/b>\u00a0de milho, sua produ\u00e7\u00e3o alcan\u00e7ou 22,87 milh\u00f5es de litros na \u00faltima metade de julho, totalizando 210,67 milh\u00f5es no ciclo 2018\/2019.<\/p>\n
No acumulado desde o in\u00edcio desta safra at\u00e9 1\u00ba de agosto, a moagem totalizou 314,80 milh\u00f5es de toneladas, com 14,75 milh\u00f5es de toneladas de\u00a0a\u00e7\u00facar<\/b>\u00a0fabricadas – frente a 17,63 milh\u00f5es no mesmo per\u00edodo de 2017. No caso do\u00a0etanol<\/b>, s\u00e3o 16,05 bilh\u00f5es de litros produzidos, dos quais 4,94 bilh\u00f5es\u00a0anidro<\/b>\u00a0e 11,11 bilh\u00f5es de\u00a0hidratado<\/b>.<\/p>\n
Fonte: CanaOnline*<\/i><\/p>\n