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Congelamento do preço do diesel traz pouco efeito

Fonte: O Globo*

Toda complexa engenharia feita pelo governo federal para reduzir os preços do óleo diesel nas bombas para por fim à greve dos caminhoneiros, que começou no fim de maio e durou 11 dias, teve poucos resultados. De acordo com cálculos feitos por Adriano Pires Rodrigues do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (CBIE), se a Petrobras tivesse mantido sua política de variações dos preços diárias, atualmente o valor do diesel nas refinarias seria de R$ 2,0746 o litro, apenas 2% acima do preço vigente que é de R$ 2,0316, que está congelado nas refinarias.

Isto porque, de acordo com o executivo os preços do petróleo que em fins de maio a preço do barril do petróleo estava cotado a US$ 80 o barril no mercado internacional, e agora está em torno de US$ 68. Adriano lembra que no dia 30 de maio o governo criou a subvenção de R$ 0,30 no diesel, representando um gasto no subsidio de R$ 10 bilhões.

– Ou seja, toda essa confusão que trouxe de volta o tabelamento, congelamento e ressarcimento serviu par reduzir o preço do diesel em apenas 2% . Isso porque o governo não entende que o preço do petróleo e volátil. No momento da greve estava acima dos US$ 80 o barril agora esta abaixo dos US$ 70. E o mais grave é que essas medidas vão impedir qualquer tentativa de quebra de monopólio de refino no Brasil – alertou Adriano Pires.

Nas bombas, a redução também foi pequena também, da ordem de R$ 0,10 por litro no país. De acordo com dados da Pesquisa de preços da Agência Nacional do Petróleo (ANP), na semana de 8 a 14 deste mês, o diesel estava sendo vendido a um preço médio de R$ 3,388 contra R$ 3.482 o litro na primeira semana de junho. No Estado do Rio a queda foi menor, o diesel está custando R$ 3,455 o litro contra R$$ 3,482 o litro na primeira semana do mês passado.

David Zylbersztajn, ex-diretor-geral da ANP, disse que o tabelamento de preços é algo que, comprovadamente, não se mostrou eficaz quando foi adotada.

– Congelamento é algo que não funciona e é medieval. É um mecanismo ruim, pois se o petróleo baixar ainda mais o consumidor não vai ter o benefício – destacou ele.

*Extraída do site Fecombustíveis

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