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Com petróleo a US$ 80, até onde vai a gasolina no Brasil?

Até onde vai o preço da gasolina no Brasil? Nesta segunda-feira a pergunta voltou a ganhar relevância após o preço do barril de petróleo subir 3% e bater 81 dólares no mercado internacional e chegar à maior cotação em quatro anos.

O principal motivo é uma renovada decisão dos países membros da Opep de aumentar a produção para ajudar a reduzir os preços, como vinha cobrando o presidente americano, Donald Trump. Trump, ele mesmo, ajuda a jogar para cima as cotações com uma leva de sanções econômicas contra o Irã que entrarão em vigor em novembro.

Segundo especialistas na commodity, o barril pode chegar a 100 dólares até o fim de 2018, quando as sanções sobre o Irã, um dos maiores produtores do planeta, estiverem a pleno vapor. Relatório do banco Credit Suisse publicado nesta segunda-feira afirma que o momento de alta do petróleo deve continuar.

O cenário internacional, somado à alta do dólar com as incertezas eleitorais, levou a gasolina vendida nos postos brasileiros para o maior valor em dez anos, aumentando a pressão sobre a política de reajustes diários instituída no governo de Michel Temer. Após a greve dos caminhoneiros, vale lembrar, a política para o diesel foi alterada, mas pouca coisa mudou para a gasolina.

Se a escalada continuar, já há analistas calculando a gasolina sendo vendida perto de 5,80 o litro até o fim do ano. Segundo a Agência Nacional de Petróleo, o preço médio do combustível na última semana foi de 4,65 reais no Brasil.

A alta entrou na agenda dos presidenciáveis. É quase certo que o modelo de reajuste da Petrobras para a gasolina sofra ajustes no próximo governo. Jair Bolsonargo (PSL) é um dos que apresentaram proposta parecida com a atual — que ajudou a recuperar financeiramente a Petrobras, mas vem sendo criticada por especialistas em energia por não trazer previsibilidade para o consumidor.

Associações de caminhoneiros já alertaram que se a nova política de preços para o diesel for revista, voltam a fazer greve. O preço dos combustíveis pode até não ser foco na campanha presidencial, mas deve trazer muita dor de cabeça no início do próximo governo.

Fonte: Exame

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